Distribuidora em Várzea Grande Tem Mais de 7 Mil Garrafas de Whisky Apreendidas por Suspeita de Adulteração

Policial METANOL EM MT 24/10/2025 09:16 Com informações do G1 MT

Ação da Polícia Civil e MAPA mira fornecedor apontado como parte da cadeia que causou intoxicações por metanol no interior de Mato Grosso, incluindo caso de lesão ocular irreversível em Água Boa

 

Por Samir Machado


A força-tarefa de Mato Grosso intensificou o combate à adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. Na última quinta-feira (23 de outubro de 2025), a Polícia Civil (por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor - Decon) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizaram uma grande operação em uma distribuidora de bebidas em Várzea Grande.

Durante a ação, mais de 7 mil garrafas de whisky com suspeita de falsificação e adulteração foram apreendidas. A distribuidora é apontada nas investigações como o possível fornecedor dos mercados onde as bebidas adulteradas foram encontradas em cidades do interior do estado.

 

Conexão com Casos da Região do Araguaia

Esta operação de grande porte é um desdobramento direto dos casos de intoxicação por metanol registrados na região do Araguaia.

Anteriormente, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária haviam deflagrado a Operação Gole Mortal em cidades como Nova Xavantina, onde mais de 60 garrafas de whisky suspeitas de adulteração foram apreendidas em dois mercados.

O caso mais grave até o momento é o do empresário Igor Thomae Rodrigues, de 27 anos, de Água Boa, que relatou ter tido perda de visão após ingerir o whisky contaminado. O estado de Mato Grosso confirmou um caso de intoxicação por metanol na quarta-feira (22). Igor foi transferido para Goiânia (GO) para tratamento e, apesar de não correr risco de morte, sofreu lesão ocular irreversível, uma das complicações mais sérias da substância.

As garrafas apreendidas na distribuidora de Várzea Grande serão encaminhadas à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para análise, com o objetivo de confirmar a presença de metanol e identificar a origem exata das bebidas adulteradas, desmantelando toda a cadeia de produção e comercialização.

A Polícia Civil reitera a orientação para que a população continue denunciando, de forma anônima, a venda de bebidas alcoólicas de origem duvidosa.


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