Outubro é o Mês do Professor, um período dedicado a celebrar e refletir sobre o impacto dos educadores na construção de uma sociedade mais justa, crítica e conectada. Mais do que uma data comemorativa, esta é uma oportunidade de reconhecer o esforço diário desses profissionais que, com dedicação e inovação, transformam vidas, especialmente aqueles que atuam no ensino de uma segunda língua. 

De acordo com Bruno Piatto, assessor pedagógico do programa de educação bilíngue Eduall, o reconhecimento do papel do professor é uma pauta que atravessa séculos. “Mesmo antes de sua institucionalização, já existia a necessidade de se reforçar, ao menos uma vez por ano, o papel transformador da educação. Valorizar o educador é um ideal que vem desde o século XIX, mas que ainda hoje precisa ser constantemente relembrado e fortalecido”, afirma. 

Dominar uma segunda língua amplia horizontes não apenas profissionais, mas também humanos. O contato com novos idiomas e culturas desperta o pensamento crítico, a criatividade e o senso de colaboração, competências fundamentais para os desafios do século XXI. 

No universo do ensino bilíngue, os professores exercem um papel que vai muito além da transmissão de vocabulário ou gramática. Eles são mediadores culturais e formadores de cidadãos preparados para o mundo. “Ensinar uma segunda língua é ensinar a pensar de forma diferente. Quando abordamos o aprendizado por uma perspectiva cultural, estimulamos nos estudantes a curiosidade, o respeito e a empatia por outras formas de viver e se expressar”, explica Piatto. 

Inovação e reinvenção em sala de aula 

O Dia dos Professores também é momento de reconhecer a reinvenção constante que marca a carreira docente. O ensino de idiomas, em especial, tem se beneficiado de novas metodologias e recursos tecnológicos que tornam as aulas mais dinâmicas e próximas da realidade dos alunos. 

Para Piatto, a formação continuada e o uso consciente da tecnologia, incluindo ferramentas de inteligência artificial, são pilares dessa transformação. “O professor precisa ser curioso, estudioso e adaptável. A tecnologia, quando bem utilizada, potencializa o trabalho do educador e aproxima os estudantes do conteúdo de forma significativa”, indica. 

Entre as estratégias inovadoras mais utilizadas estão as metodologias ativas, a gamificação, a aprendizagem baseada em problemas (PBL) e a abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning), que integra o ensino de diferentes disciplinas em uma segunda língua. Essas práticas tornam as aulas mais envolventes e refletem o compromisso com um aprendizado mais vivo e contextualizado. 

Gestão, comunidade escolar e o futuro da educação bilíngue 

O fortalecimento do ensino bilíngue depende também do apoio institucional e da atuação colaborativa de toda a comunidade escolar. A presença ativa de gestores e coordenadores é essencial para criar ambientes que favoreçam a inovação e o trabalho em equipe. “É fundamental que gestores e coordenadores caminhem junto com as equipes docentes, oferecendo formações, acompanhando práticas e incentivando projetos multidisciplinares”, destaca Piatto. 

Ele reforça ainda que todos os profissionais da escola têm papel educativo. “Pensar em uma escola bilíngue é pensar em um trabalho coletivo, no qual cada colaborador contribui para o desenvolvimento integral dos alunos”, considera. São esses profissionais comprometidos com a formação humana e linguística que continuam a inspirar gerações e a transformar o futuro por meio da educação.