Empresas vendedoras de água estão em pé de guerra no Mato Grosso
O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, avalia desde o fim de setembro se sancionará o projeto de lei que estabelece o intercâmbio de galões de água retornáveis. A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa e enfureceu as principais empresas do setor no estado.
O projeto, de autoria do deputado estadual Diego Guimarães, do Republicanos, proíbe a produção e comercialização de galões de água de uso exclusivo. O consumidor, portanto, não ficaria atrelado a uma marca ao comprar um garrafão retornável.
A Lebrinha, maior empresa do setor no Mato Grosso, tem feito propaganda contra a aprovação do projeto, com direito a um alerta sobre a proposta em seu site institucional. O aviso da companhia diz que a medida irá interferir na qualidade da água e dos vasilhames. A Puríssima, a segunda maior empresa mato-grossense vendedora de água, também se opõe ao texto aprovado pela Assembleia Legislativa.
Já a Associação das Águas Minerais de Mato Grosso, entidade que reúne outras 15 companhias, advoga a favor do projeto e diz que o texto evitará a formação de monopólio no setor.
A disputa política e jurídica tem um componente extra. A Federação das Indústrias do Mato Grosso (Fiemt) manifestou à Assembleia Legislativa que é contrária à aprovação do projeto. Mauro Mendes, a quem cabe a palavra final, foi presidente da entidade antes de entrar para a política.