Vice-governador Otaviano Pivetta defende produção de gado a pasto e rebate críticas internacionais na abertura do World Meat Congress
Por Samir Machado
Cuiabá tornou-se o epicentro do debate sobre o futuro da proteína animal ao sediar, pela primeira vez no Brasil, o World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne), que teve início nesta terça-feira (28). Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino do país, utiliza o evento para reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade e rebater críticas internacionais sobre seu modelo produtivo. O congresso, realizado pela International Meat Secretariat (IMS) e pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), reúne representantes e líderes do setor de aproximadamente 20 países até quinta-feira (30).
Na cerimônia de abertura, o vice-governador Otaviano Pivetta fez uma defesa enfática da pecuária mato-grossense, rebatendo diretamente as contestações globais sobre o tema ambiental.
"Nosso sistema produtivo é sustentável, virtuoso e preserva o meio ambiente. É um sistema de produção e preservação, que alia eficiência e transparência. Hoje, não há como esconder irregularidades ambientais. Produzimos com transparência e eficiência", afirmou Pivetta, destacando que o gado do estado é criado a pasto e com responsabilidade ambiental.
O evento é considerado uma oportunidade crucial para o estado consolidar sua imagem como referência global. Além de painéis sobre geopolítica alimentar, rastreabilidade e inovações científicas, a programação inclui visitas técnicas a frigoríficos e propriedades rurais.
Para o presidente do Imac, Caio Penido, o congresso é o reconhecimento do protagonismo do Brasil na cadeia global da carne. "O Imac trabalha para consolidar esse modelo e fortalecer a imagem do nosso produto no mundo. O congresso é uma vitrine para investimentos e parcerias internacionais, principalmente com a Ásia e o Oriente Médio, que buscam segurança alimentar e parceiros confiáveis. Mato Grosso é esse parceiro", concluiu.
As exportações do estado em proteína animal superaram US$ 2,7 bilhões em 2024, resultado do abate de 7,3 milhões de animais, que são comercializados para 65 países, reforçando o papel de Mato Grosso na segurança alimentar mundial.

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