Pesquisa custeada pela Fapemat utiliza técnica do "DNA ambiental" para identificar impacto do fogo no Pantanal
Trabalho busca auxiliar brigadistas e os agentes públicos na tomada de decisões estratégicas para o controle e combate aos incêndios florestais
Widson Ovando | Fapemat
Uma pesquisa custeada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) avalia o impacto do fogo sobre a biodiversidade e o solo do Pantanal, com uma técnica moderna que utiliza DNA ambiental. O trabalho é feito por especialistas e estudantes de várias instituições de pesquisa e ensino, em parceria com técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com o coordenador do projeto, professor doutor Leandro Battirola, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os pesquisadores utilizaram essa técnica para avaliar a melhor época de implementar queimadas prescritas a fim de auxiliar brigadistas e os agentes públicos na tomada de decisões estratégicas para o controle e combate aos incêndios florestais.
"A equipe realizou as queimadas prescritas em três épocas do ano para avaliar qual seria e melhor época do ano para implementar as queimadas com menor impacto para a biodiversidade, final do período chuvoso, período seco, e período de início das chuvas", afirmou.
Durante o trabalho, uma equipe coordenada pelo analista ambiental e especialista em Manejo Integrado do Fogo (MIF) Christian Berlinck realizava as queimadas e a outra, sob a coordenação do professor Marcos Soares e execução da doutoranda Sabrina Targanski, coletava amostras das cinzas e do solo nos locais onde o fogo queimava a vegetação.
O e-DNA ou DNA ambiental é uma mistura complexa de DNA genômico oriundo de organismos inteiros ou partes deles, presentes em amostras ambientais, como solo, água, ar, etc. Essa técnica é capaz de detectar a presença de diversos organismos em apenas 1 grama de solo. Traz inúmeras vantagens como rapidez, identificação, avaliação, monitoramento e proteção da biodiversidade local, permitindo melhor gerenciamento e conservação dos ecossistemas.
As coletas ocorreram em vários meses, após as queimadas prescritas, para que os pesquisadores conseguissem compreender se a biodiversidade impactada pelo fogo poderia se recuperar ao longo do tempo.
A composição das cinzas nas três queimas prescritas apresentou maiores concentrações de alguns elementos químicos (exemplo: B, Ca, K e outros). Os bioensaios ecotoxicológicos comprovaram a toxicidade das cinzas florestais em diferentes organismos. A composição e o pH alcalino podem explicar a toxidez detectada pela equipe. A sazonalidade tem influências distintas nas características e na ecotoxicidade das cinzas florestais.
O uso do DNA ambiental permitiu identificar centenas de bactérias, fungos, e animais no solo do Pantanal.
A execução do projeto permitiu a capacitação e treinamento de brigadistas na implementação de queimadas prescritas como forma de manejo integrado do fogo para combater incêndios no Pantanal. A equipe contou com o apoio de brigadistas e guarda-parques do Sesc Pantanal Mato Grosso, local esse escolhido para realizar os experimentos de queimada prescrita.
De acordo com o coordenador do projeto, professor doutor Leandro Battirola, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os pesquisadores utilizaram essa técnica para avaliar a melhor época de implementar queimadas prescritas a fim de auxiliar brigadistas e os agentes públicos na tomada de decisões estratégicas para o controle e combate aos incêndios florestais.
"A equipe realizou as queimadas prescritas em três épocas do ano para avaliar qual seria e melhor época do ano para implementar as queimadas com menor impacto para a biodiversidade, final do período chuvoso, período seco, e período de início das chuvas", afirmou.
Durante o trabalho, uma equipe coordenada pelo analista ambiental e especialista em Manejo Integrado do Fogo (MIF) Christian Berlinck realizava as queimadas e a outra, sob a coordenação do professor Marcos Soares e execução da doutoranda Sabrina Targanski, coletava amostras das cinzas e do solo nos locais onde o fogo queimava a vegetação.
) Equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICBbio); (B)Equipe do corpo de bombeiros do Mato Grosso (CBMT); (C) Equipe de brigadistas e guarda-parques do SESC – Pantanal Mato Grosso; (D) Todas as equipes envolvidas na aplicação das queimas prescritas na base do SESC Pantanal-MT.
Créditos: Arquivo/pesquisador
Créditos: Arquivo/pesquisador
O e-DNA ou DNA ambiental é uma mistura complexa de DNA genômico oriundo de organismos inteiros ou partes deles, presentes em amostras ambientais, como solo, água, ar, etc. Essa técnica é capaz de detectar a presença de diversos organismos em apenas 1 grama de solo. Traz inúmeras vantagens como rapidez, identificação, avaliação, monitoramento e proteção da biodiversidade local, permitindo melhor gerenciamento e conservação dos ecossistemas.
. (A) Parcela sete (7) dias após a queima prescrita; (B) Manuseio de trado holandês para coleta do solo; (C) Coleta do solo (D) Peneiramento do solo coletado após sete (7) dias de realização da queima prescrita.
Créditos: Arquivo/pesquisador
Créditos: Arquivo/pesquisador
As coletas ocorreram em vários meses, após as queimadas prescritas, para que os pesquisadores conseguissem compreender se a biodiversidade impactada pelo fogo poderia se recuperar ao longo do tempo.
A composição das cinzas nas três queimas prescritas apresentou maiores concentrações de alguns elementos químicos (exemplo: B, Ca, K e outros). Os bioensaios ecotoxicológicos comprovaram a toxicidade das cinzas florestais em diferentes organismos. A composição e o pH alcalino podem explicar a toxidez detectada pela equipe. A sazonalidade tem influências distintas nas características e na ecotoxicidade das cinzas florestais.
O uso do DNA ambiental permitiu identificar centenas de bactérias, fungos, e animais no solo do Pantanal.
A execução do projeto permitiu a capacitação e treinamento de brigadistas na implementação de queimadas prescritas como forma de manejo integrado do fogo para combater incêndios no Pantanal. A equipe contou com o apoio de brigadistas e guarda-parques do Sesc Pantanal Mato Grosso, local esse escolhido para realizar os experimentos de queimada prescrita.