Mercado de Algodão no Brasil: Negócios Limitados e Preços em Baixa
Demanda se ajusta às necessidades, enquanto subprodutos registram valorizações
Na última semana, o mercado brasileiro de algodão apresentou uma movimentação pontual, com preços em tendência de baixa. A demanda se ajustou conforme as necessidades do setor, com algumas tradings demonstrando interesse em negociações para entrega em dezembro de 2024. Por outro lado, a indústria local concentrou suas atenções em entregas imediatas, com prazos máximos de 15 dias, conforme reportado pela Safras Consultoria.
Os preços do algodão CIF São Paulo registraram uma transação em torno de R$ 4,01 por libra-peso, refletindo uma queda de 0,5% em relação ao valor de R$ 4,03 por libra-peso observado na quinta-feira da semana anterior (25). Em Rondonópolis, Mato Grosso, a pluma encerrou o dia 3 com um preço de R$ 3,80 por libra-peso, correspondendo a R$ 125,75 por arroba, uma desvalorização de 0,13% em comparação aos R$ 125,91 por arroba (R$ 3,81 por libra-peso) da semana anterior.
Cotações dos Subprodutos em Alta
No estado de Mato Grosso, os preços do caroço e da torta de algodão disponível fecharam a última semana com médias de R$ 592,89 por tonelada e R$ 682,00 por tonelada, apresentando valorizações de 0,28% e 0,39%, respectivamente, em relação à semana anterior. Essa elevação nos preços foi impulsionada, em grande parte, pelo aumento da demanda por subprodutos utilizados na alimentação animal, decorrente do impacto da seca nas pastagens.
Além disso, a cotação do óleo de algodão também teve um aumento, com um incremento semanal de 2,27%, situando-se em R$ 4.441,43 por tonelada, impulsionada pelo crescimento do consumo nas indústrias de biodiesel.
Historicamente, nesta época da safra, os preços dos subprodutos tendem a ser pressionados devido à maior oferta. Contudo, o recente fortalecimento da demanda sugere, em um horizonte de curto prazo, uma possível mudança na dinâmica do mercado. Essas informações foram fornecidas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Fonte: Portal do Agronegócio